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Eu percebi que eu mudo constantemente.
De ideias. De costumes. Na maneira de falar.
Não sei se isso é bom. Mesmo tendo só 15 anos, sempre pensei que eu deveria ser constante, ser firme nas minhas opiniões, ser coerente. Sempre.
Mas aí eu notei que, as mesmas coisas que eu tanto adorava ano passado, agora não fazem mais sentido, e percebi que era bem estúpida. E então eu mudei.
Mas até que ponto uma mudança é interessante, e não uma rebelião contra si próprio? Até onde eu sou "eu", e não uma maluca bipolar mudando o tempo todo?

O que me faz gostar de algo,e deixar de gostar? O pior de tudo é que eu não sei., Não consigo identificar ainda os meus padrões, nem classificar minhas atitudes. Só noto como mudei, fazendo saltos gigantes no tempo, porque, eu sei que mudei, mas não saberia dizer o quê, em relação ao mês, a semana passada.
Sensações estranhas.

Sempre fui aconselhada a não gostar do que a maioria gosta. Por isso, nunca gostei de Justin Bieber, NXZero, Fresno, Jonas Brothers, Bruno e Marrone. Dizia que não gostava deles porque gemiam enquanto cantavam, eram bichinhas, não sabiam cantar, blabla. Mas ao mesmo tempo, a-d-o-r-a-v-a Antic Café. E agora eu me pergunto, o que os tornava tão diferentes de todo o resto? Eles tinham exatamente as características que eu tanto criticava nos outros. Eu gostava deles só porque eles não eram conhecidos? Mas então, seria só uma sindrome do Underground, e não realmente a minha vontade.
E se, o meu atual vício, O Teatro Mágico, se tornasse famosíssimo? Eu deixaria de gostar deles, mesmo não tendo nenhuma das características que eu tanto desprezo?

Sempre gostei do frio. Sério, sentir um arrepio na espinha era confortável pra mim, um céu cinzento me deixava de bom humor. Nuvens, sol, céu azul, tudo isso era dispensável. No inverno, eu fazia a festa. Agora, tudo isso me deprime. A noite, sem estrelas, fria, com uma lua quase sempre coberta pela falsa nuvem da fumaça e da sujeira, me deixa com vontade de... Enfim. Sinto falta da luz do sol, que esquenta, mas não arde, das nuvens de manhã, de acordar com Hello Seattle na sua melhor versão, ao invés de Forever [sem ofensas, Forever é uma música ótima, é só triste acordar com ela].

Acho que escrevi muita coisa. A maioria sem sentido. A maioria interligado, mesmo que só pra mim.